A narrativa da ausência apontada para as periferias é recorrente na grande mídia. A criação de estereótipos e o reforço de estigmas contribuem para o distanciamento entre centro e periferia, trazendo consequências da segregação socioespacial, o que reforça a existência de desigualdade de oportunidades para pessoas que moram nesses territórios, inclusive os jovens.
Para reverter essa lógica, o núcleo de Mobilização Social desenvolve, em parceria com a área de Comunicação, o projeto #NoCentroDaPauta. Desde 2016, a Fundação Tide Setubal fortalece a Rede Jornalistas das Periferias, iniciativa de comunicação popular formada por jornalistas e coletivos atuantes e originários das periferias da capital paulista voltada à promoção e disseminação de informações produzidas por e para essas regiões. O apoio à rede é um mecanismo para ampliar o alcance de conteúdo feito com base em narrativas construídas em tais espaços e que estão na contramão da representação hegemônicas – ou seja, uma iniciativa para fomentar o protagonismo de atores periféricos e o enfrentamento de desigualdades diversas nos territórios de atuação.
Na edição de 2019 do projeto #NoCentroDaPauta, os coletivos comunicacionais Alma Preta, Casa no Meio do Mundo, Desenrola e Não Me Enrola, Imargem, Historiorama, Periferia em Movimento, TV Grajaú – SP, DiCampana Foco Coletivo e Nós, Mulheres da Periferia receberam apoio.
No decorrer do ano, os grupos jornalísticos periféricos em questão produziram reportagens diversas sobre o ciclo de vida do sujeito periférico – infância, juventude, vida adulta e envelhecer. Os conteúdos desenvolvidos abordaram aspectos diversos:
Prática
local
Mobilização social
e redes
Advocacy
e políticas públicas
Comunicação
Desenvolvimento
organizacional